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Existem diferentes caminhos na profissão de cirurgião-dentista, mas o fato é que a Odontologia é um mercado promissor, com base na necessidade da população. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Odontologia é a segunda profissão mais rentável do Brasil. Isso é reflexo do grande avanço tecnológico e de especialidades na área, considerado referência internacional em saúde bucal.

Segundo informações do CFO, atualizadas diariamente, o número de 328 mil Cirurgiões-Dentistas inscritos no país. Desses, somente 36% tem algum tipo de especialização, sendo a Ortodontia o maior número, ocupando 23% das especialidades e a Odontologia do Esporte com apenas 0.02%, o menor campo da profissão.

Para a cirurgiã-dentista Viviane Dourado (CRO-BA-4496), professora universitária em Odontologia há mais de 20 anos e conselheira federal do CFO, o mercado de trabalho da Odontologia é favorável, mas para o sucesso, a busca pelo conhecimento é essencial. “Toda área, principalmente a da saúde, o profissional precisa sempre se atualizar, obtendo novas técnicas e novidades constantes como na área de farmacologia, por exemplo. A área da saúde é muito dinâmica e lidamos com vidas, uma responsabilidade muito grande para o cirurgião-dentista, por isso a constante preocupação em se atualizar”, afirma.

Além da constante busca pelo conhecimento, os campos de atuação também devem ser levados em conta. A Odontologia brasileira possui ampla lista de especialidades, com o total de 23 ramos. São as áreas mais conhecidas como a Ortodontia, Endodontia, Implantodontia e outras como Estomatologia, Odontologia Legal e Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais, campos com um menor número de cirurgiões-dentistas, mas que também fazem parte do mercado.

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Cirurgiã-Dentista Viviane Dourado

Viviane lembra que existem outras formas de atuação para os profissionais da Odontologia: “A Odontologia oferece várias áreas de atuação, além de quem atende em consultório. Para quem não tem tato para lidar com paciente, por exemplo, existe a Patologia, também temos mercados como a área militar e no Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece opções como levantamentos epidemiológicos e estudos para a melhora na qualidade de atendimento”.

Outra área importante para a profissão da Odontologia é a docência, prática exercida com muito orgulho pela conselheira federal. “Todo o tempo estamos impelidos a estudar e se atualizar por conta do mercado e dos alunos. Essa abordagem dentro da docência é muito prazerosa por conta dessa troca de informações. Além disso, saber que você faz parte da formação de um futuro cirurgião-dentista é muito bom, faz com que você tenha uma responsabilidade muito maior”, destaca Viviane.

Ser professor da área odontológica não é só pra quem tem muito tempo de carreira. Samantha Sousa, cirurgiã-dentista recém-formada (CRO-DF-CD-12880), já está na busca pela carreira de docente. Formada em julho de 2019 na Universidade de Brasília (UnB), após ter desistido de outro curso superior para exercer a Odontologia, está no programa de pós-graduação da universidade para o título de mestre. “Sou mestranda da UnB na linha de pesquisa de Materiais Dentários. A vida acadêmica é o meu principal objetivo. Pretendo dar aula em universidade e perpetuar todos os princípios e fundamentos adquiridos, me dispondo a ser uma eterna aprendiza. Estudar é algo que gosto e faço por amor”, explica.

Samantha, que trabalha como clínica geral, também não descarta outras oportunidades. ”Minha formação ainda é muito recente, preciso experimentar muita coisa. Costumo dizer que não fecharia uma grande porta que me fosse aberta, então ainda irei desbravar muitas coisas que poderão definir certamente a carreira pela qual deverei seguir. Gosto da Odontologia, seja ela em qualquer de suas faces, mas tenho prioridade na vida acadêmica como foco profissional”.

E para quem vai se formar?
Estudantes também devem pensar sempre em caminhos para seguir, evitando ficar desatualizados da profissão. A estudante de Odontologia, Ariene Karenne, tem consciência do amplo mercado de trabalho e de opções que pretende seguir. “Considero o mercado bom porque podemos trabalhar em diversas especialidades, além de tentar a forma autônoma ou na área pública. Gosto muito da área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, porque existem muitas possibilidades, desde diagnóstico até a própria cirurgia.” Ariene, que sempre considerou morar fora, também comenta da profissão no Canadá. “O processo de regulamentação no Canadá é um pouco difícil, porém vale a pena porque é uma profissão supervalorizada e a remuneração é boa”, destaca.

A cirurgiã-dentista e mestranda, Samantha Sousa, dá algumas dicas para estudantes que pretendem sair com a vaga de trabalho garantida. “Vale a pena lembrar que, nesta primeira fase pós-formatura, oportunidades de emprego surgem para aqueles alunos que demonstraram maior empenho, dedicação, ou simplesmente, para aqueles que demonstraram mais interesse, maior facilidade de articulação com os pacientes, com os colegas e com os funcionários.”

O presidente do CFO, Juliano do Vale, fala do empenho da atual gestão para a valorização de estudantes, profissionais e do mercado de trabalho para fortalecer a Odontologia no geral. “O CFO está lutando para qualificar ainda mais a Odontologia, com a luta contra o EAD na saúde, por exemplo, evitando que estudantes saiam da universidade sem o conhecimento necessário. A autarquia também trabalha no aprimoramento e evolução das especialidades, como o caso da Harmonização Orofacial criada em janeiro pela Resolução CFO 198/2019 e na agilidade nos processos de admissão de outras especialidades realizadas pela Comissão de Ensino”.


(Fonte: Ascom CFO)
Em 23.10.19